Nas consultas de nutrição, no processo de mudança das escolhas alimentares, é comum as pessoas questionarem sobre como cozinhar os alimentos. É nesse sentido que deixo aqui dois links inspiradores com receitas saudáveis:
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quarta-feira, 16 de novembro de 2016
Receitas saudáveis
A criatividade associada à prática de uma Alimentação Saudável é uma ferramenta que potencia a variedade na forma de comer, bem como a descoberta de novos paladares que promovam a satisfação.
Nas consultas de nutrição, no processo de mudança das escolhas alimentares, é comum as pessoas questionarem sobre como cozinhar os alimentos. É nesse sentido que deixo aqui dois links inspiradores com receitas saudáveis:
Nas consultas de nutrição, no processo de mudança das escolhas alimentares, é comum as pessoas questionarem sobre como cozinhar os alimentos. É nesse sentido que deixo aqui dois links inspiradores com receitas saudáveis:
sexta-feira, 23 de setembro de 2016
"Por instinto da força da motivação..."
"Por instinto da força da motivação é que mesmo quando tenho mais comida no prato, como apenas as quantidades que sinto serem adequadas ao meu corpo!"
A frase é da I., utente que veio hoje à sua segunda Consulta de Nutrição. No espaço de um mês diminuiu 2 kg. Atrevo-me a dizer "por instinto da força da motivação" é que este resultado surgiu. Esta diminuição de peso resultou da eliminação (quase) total dos açúcares que adicionava às bebidas quentes que consome, bem como da aprendizagem que está a fazer na gestão das quantidades de alimentos a consumir a cada refeição.
A motivação, a força da própria vontade é um ingrediente essencial na escolha da mudança alimentar. Atingir o nível instintivo desta força motriz é o culminar de uma aprendizagem que se deseja que flua em "piloto automático".
Parabéns I.
sexta-feira, 6 de maio de 2016
Sardinhas assadas! Com batata cozida, com broa ou com ambas?!_ A consulta de D. M
A D. M apresentou-se para a consulta de nutrição à hora marcada. Depois de almoço não será a melhor hora para pesarmos, mas é a hora possível e tendo havido compromisso com as metas alimentares os resultados aparecerão.
Logo nas formalidades iniciais a D. M diz sentir-se bem. Informa que teve de adiar a consulta, anteriormente prevista para abril, por coincidir com a cirurgia às cataratas. Correu bem. Está bem dos olhos e a cirurgia e o tempo de recuperação não alteraram as rotinas alimentares.
Começamos então a falar de alimentação. Refere a D. M que tem sentido fome, mais fome. Questiono que tipo de fome me fala, em que momentos do dia a sente e onde a sente fisicamente. Abraça o próprio estômago e diz-me que não precisa de olhar o relógio e já sabe que é hora de lanchar. Serão umas 16h, 16h15 e sabe que é hora de lanchar. Almoça na companhia do jornal da tarde, às 13h, e às 16h15 sente necessidade de comer. Dou os parabéns à D. M! Descobriu a fome fisiológica. Explico que está a consumir na refeição anterior, o almoço, a quantidade de alimentos adequada e que lhe dá sinal de uma nova necessidade de comer na hora certa. E nem precisa de olhar para o relógio.
Percorremos o restante do dia alimentar e verificamos que o mesmo acontece entre o lanche e o jantar e entre o jantar e a ceia. A ceia! O copo de leite que lhe sugeri na consulta anterior não lhe é suficiente. Ainda necessita do pedaço de pão para não sentir fome de madrugada e acordar com necessidade de mordiscar uma bolacha. Nos seus 71 anos a D. M é uma senhora aberta a novidades e atrevo-me a sugerir uns flocos de aveia em substituição do tal pedaço de pão. Mostro-lhe imagens dos flocos, indico como os pode cozinhar e adicionar ao leite. Procuro satisfazê-la com menor quantidade do que o pão que escolhe. Vai experimentar.
Quando vamos à balança verificamos que afinal o peso não desceu desde a última consulta. Mantém os 94 kg, que continuam a representar uma grande conquista para quem já atingiu 120 kg. Ainda assim, na parceria deste momento de consulta questionamos-nos ambas da manutenção de peso, agora que a D. M encontrou a perceção da fome fisiológica e está a respeitar as necessidades naturais do seu organismo. A D. M encontra logo a resposta: está e não está a respeitar a fome fisiológica e as quantidades correctas de alimentos. É que as duas francesinhas no período de um mês não correspondem às quantidades de alimento que o organismo necessite num almoço. E, se calhar, ao sábado, as pataniscas de bacalhau com arroz de feijão vermelho também são acima das necessidades. E a broa?! A broa sabe tão bem com as sardinhas assadas que vai fazer amanhã! Explicamos então à D. M como consumir qualquer um destes alimentos na dose certa. A dose que lhe permite ter necessidade de lanchar, mesmo ao sábado quando troca a companhia do jornal da tarde pela companhia da sobrinha e do seu marido. Aproveitamos então o prato previsto para o almoço de amanhã para ensaiar as quantidades a consumir. A sopa está sempre presente antes das sardinhas propriamente ditas. A D. M prefere as sardinhas médias. São as mais gostosas, refere. E a sua experiência na banca de peixe do mercado não me permitem acrescentar quaisquer comentários. Ouço e aprendo também.Combinamos então um almoço com três sardinhas, quatro no máximo. Gosta de as comer com brócolos cozidos e nessa escolha estamos em acordo imediato. E prefere a batata ou a broa?! A D. M diz-me que talvez a batata, mas também gosta muito da broa e que deve ser difícil não comer um bocadinho, estando ela exposta na mesa. Combinamos então as quantidades só de batata para acompanhar as sardinhas e os brócolos: Ensaiamos também as quantidades de broa, para o caso de preferir apenas a broa como acompanhamento. E exploramos também como comer ambas, fazendo com que a junção de broa e batata não presente um dobro, mas sim a quantidade recomendada. A D. M vai experimentar. E vai mesmo, já que é uma senhora em compromisso com o seu bem estar. E já sabe, se chegar à hora marcada no relógio para lanchar e não sentir a tal fome natural, espera um pouco mais, se continuar sem sentir e não tiver, tão pouco vontade de lanchar, então da próxima há que aferir quantidades porque ainda estariam acima daquilo o que o corpo precisa.
Logo nas formalidades iniciais a D. M diz sentir-se bem. Informa que teve de adiar a consulta, anteriormente prevista para abril, por coincidir com a cirurgia às cataratas. Correu bem. Está bem dos olhos e a cirurgia e o tempo de recuperação não alteraram as rotinas alimentares.
Começamos então a falar de alimentação. Refere a D. M que tem sentido fome, mais fome. Questiono que tipo de fome me fala, em que momentos do dia a sente e onde a sente fisicamente. Abraça o próprio estômago e diz-me que não precisa de olhar o relógio e já sabe que é hora de lanchar. Serão umas 16h, 16h15 e sabe que é hora de lanchar. Almoça na companhia do jornal da tarde, às 13h, e às 16h15 sente necessidade de comer. Dou os parabéns à D. M! Descobriu a fome fisiológica. Explico que está a consumir na refeição anterior, o almoço, a quantidade de alimentos adequada e que lhe dá sinal de uma nova necessidade de comer na hora certa. E nem precisa de olhar para o relógio.
Percorremos o restante do dia alimentar e verificamos que o mesmo acontece entre o lanche e o jantar e entre o jantar e a ceia. A ceia! O copo de leite que lhe sugeri na consulta anterior não lhe é suficiente. Ainda necessita do pedaço de pão para não sentir fome de madrugada e acordar com necessidade de mordiscar uma bolacha. Nos seus 71 anos a D. M é uma senhora aberta a novidades e atrevo-me a sugerir uns flocos de aveia em substituição do tal pedaço de pão. Mostro-lhe imagens dos flocos, indico como os pode cozinhar e adicionar ao leite. Procuro satisfazê-la com menor quantidade do que o pão que escolhe. Vai experimentar.
Quando vamos à balança verificamos que afinal o peso não desceu desde a última consulta. Mantém os 94 kg, que continuam a representar uma grande conquista para quem já atingiu 120 kg. Ainda assim, na parceria deste momento de consulta questionamos-nos ambas da manutenção de peso, agora que a D. M encontrou a perceção da fome fisiológica e está a respeitar as necessidades naturais do seu organismo. A D. M encontra logo a resposta: está e não está a respeitar a fome fisiológica e as quantidades correctas de alimentos. É que as duas francesinhas no período de um mês não correspondem às quantidades de alimento que o organismo necessite num almoço. E, se calhar, ao sábado, as pataniscas de bacalhau com arroz de feijão vermelho também são acima das necessidades. E a broa?! A broa sabe tão bem com as sardinhas assadas que vai fazer amanhã! Explicamos então à D. M como consumir qualquer um destes alimentos na dose certa. A dose que lhe permite ter necessidade de lanchar, mesmo ao sábado quando troca a companhia do jornal da tarde pela companhia da sobrinha e do seu marido. Aproveitamos então o prato previsto para o almoço de amanhã para ensaiar as quantidades a consumir. A sopa está sempre presente antes das sardinhas propriamente ditas. A D. M prefere as sardinhas médias. São as mais gostosas, refere. E a sua experiência na banca de peixe do mercado não me permitem acrescentar quaisquer comentários. Ouço e aprendo também.Combinamos então um almoço com três sardinhas, quatro no máximo. Gosta de as comer com brócolos cozidos e nessa escolha estamos em acordo imediato. E prefere a batata ou a broa?! A D. M diz-me que talvez a batata, mas também gosta muito da broa e que deve ser difícil não comer um bocadinho, estando ela exposta na mesa. Combinamos então as quantidades só de batata para acompanhar as sardinhas e os brócolos: Ensaiamos também as quantidades de broa, para o caso de preferir apenas a broa como acompanhamento. E exploramos também como comer ambas, fazendo com que a junção de broa e batata não presente um dobro, mas sim a quantidade recomendada. A D. M vai experimentar. E vai mesmo, já que é uma senhora em compromisso com o seu bem estar. E já sabe, se chegar à hora marcada no relógio para lanchar e não sentir a tal fome natural, espera um pouco mais, se continuar sem sentir e não tiver, tão pouco vontade de lanchar, então da próxima há que aferir quantidades porque ainda estariam acima daquilo o que o corpo precisa.
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quinta-feira, 12 de fevereiro de 2015
INFARMED e ASAE detetam suplementos alimentares adulterados
O nome destes suplementos alimentares identificados não foi, até ao momento, divulgado e não sabemos se em algum momento o será dada essa informação ou se apenas sairão discretamente do mercado.
Pense duas, três... as vezes necessárias antes de se iludir e despender dinheiro na compra de um produto dito "natural", que afinal terá efeitos secundários sobre a sua saúde.
segunda-feira, 2 de fevereiro de 2015
Alimentação na Gravidez
A manhã de sábado foi passada na Clínica Eme Saúde. Estivemos à Conversa com Barriguinhas. Entre outros assuntos, falamos sobre
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segunda-feira, 26 de janeiro de 2015
segunda-feira, 1 de dezembro de 2014
Novidades nos rótulos dos alimentos
É já a partir de hoje que entram em vigor as novas regras de Rotulagem Nutricional!
A partir de dezembro, todos os rótulos dos alimentos têm de ter a informação nutricional bem como a lista de ingredientes completas.
Estas novas regras de rotulagem nutricional emanam de uma orientação europeia e com ela pretende-se uma informação mais clara, precisa e objectiva com vista a escolhas alimentares mais esclarecidas e mais saudáveis
Informação como o valor energético, lípidos, ácidos gordos saturados, hidratos de carbono, açúcares, proteínas e sal terá de estar obrigatoriamente indicada nos rótulos de todos os alimentos. Actualmente já se vê em grande parte dos produtos alimentares, mas não em todos.
Outra questão relevante é que os produtos alergénios passam a constar, especificados, na listagem de ingredientes, e não apenas sob a forma genérica de "pode conter vestígios", como acontece atualmente.
Outra obrigatoriedade é a da indicação da data de congelação da carne, produtos à base de carne e produtos de pesca congelados.
A dimensão dos caracteres também foi alvo de correção, passando a ser obrigatória uma dimensão mínima para facilitar a leitura dos rótulos.
A nova legislação contém ainda normas para a venda à distância, as vendas on-line.
segunda-feira, 24 de novembro de 2014
Kefir - do Cáucaso para o seu organismo #2
O Kefir ou quefir, que já foi aqui apresentado, é formado por uma mistura complexa de lactobacilos e leveduras, formando os "grãos de kefir", que fermentam o leite, dando origem a uma bebida ácida.
Benefícios para a saúde:
Popularmente são reconhecidos vários benefícios no consumo diário de kéfir. Também se têm realizado diversos estudos científicos para avaliar a veracidade desses benefícios e estamos aqui a apresentar alguns deles:
leite fermentado com os grãos de kefir (ainda não coado)
Popularmente são reconhecidos vários benefícios no consumo diário de kéfir. Também se têm realizado diversos estudos científicos para avaliar a veracidade desses benefícios e estamos aqui a apresentar alguns deles:
Actividade anti-inflamatória
Estudos experimentais demonstraram uma atividade anti-inflamatória e curativa de feridas, em ratinhos tratados com gel de kefir durante 7 dias.
Acção no tubo digestivo
Marquina e os seus colaboradores verificaram que o consumo de kefir aumenta significativamente as contagens de bactérias ácido lácticas na mucosa intestinal e reduz as populações de enterobactérias e de clostrídios. Além disso, o consumo de kefir tem-se demonstrado eficaz em tratamentos pós-operatórios e em pacientes com distúrbios gastrointestinais . Na Rússia, o kefir tem sido usado no tratamento de úlceras do estômago e duodeno de pacientes humanos.
Estímulo do sistema imunitário
A formação de péptidos bioactivos durante os processos de fermentação ou digestão do kefir mostrou a capacidade de estimular o sistema imune em modelos animais . Thoreux e Schmucker (2001), após a alimentação ratinhos com kefir, observaram um aumento na resposta imune da mucosa específico (IgA) contra a toxina da cólera. Recentemente, um estudo in vitro, demonstrou a capacidade imunomoduladora a partir de grãos de kefir, sugerindo a sua influência sobre a secreção das citoquinas pró-inflamatórias de IL-6 e TNF-α por TLR-2.
Alimentação na Gravidez
Foi uma tarde de sábado muito bem passada na Clínica EME Saúde.
Estivemos à conversa com casais grávidos sobre
Estivemos à conversa com casais grávidos sobre
quarta-feira, 12 de novembro de 2014
Kefir - do Cáucaso para o seu organismo #1
O Kefir ou quefir, originário do Cáucaso, é formado por uma mistura complexa de lactobacilos e leveduras, organizados nos "grãos de kefir", que fermentam diversos substratos – sendo o leite (caprino ou bovino), historicamente, o mais comum deles. A palavra kefir deriva da palavra turca keyif, que significa “sentir-se bem” após ingestão.
O Kefir tem sido, durante séculos, uma bebida artesanal, feita em casa a partir dos grãos que vão sendo partilhados entre várias pessoas.
Preparação caseira:
1 – Colocar os "grãos de Kefir" num recipiente, de preferência de vidro e de boca larga;
2 – Cubrir os grãos com leite (de vaca, de cabra ou de ovelha), deixando cerca de 1/4 do recipiente livre para os gases que se libertarão durante a fermentação;
3 – Coloque o recipiente num armário, tapado com um pano limpo e deixe repousar durante 24 a 48 horas, para que ocorra o processo de fermentação;
4 - Com um coador não metálico, coe a bebida entretanto fermentada para, por exemplo, frasquinhos de iogurte e coloque no frigorífico; a bebida fermentada dura 1 a 3 dias;
4 – Colocar novamente os "grãos de Kefir" no mesmo recipiente e acrescentar nova porção de leite; o procedimento repete-se todos os dias (ou a cada 48h, caso prefira um bebida mais ácida)
Recentemente, a bebida fermentada também já é comercializada em vários estabelecimentos de venda alimentar.
Benefícios para a saúde:
Popularmente são reconhecidos vários benefícios no consumo diário de kéfir. Cientificamente também se têm realizado diversos estudos para avaliar a veracidade desses benefícios. Ao longo desta semana iremos abordar alguns desses estudos que procuram esclarecer os benefícios associados ao consumo do Kefir:
Chifiriuc e os seus colaboradores observaram que todo o leite fermentado com grãos de kefir apresentava atividade antimicrobiana contra Bacillus subtilis, S. aureus, E. coli, E. faecalis e S. Enteritidis; os estudos indicam que a actividade antimicrobiana do kefir está associada à produção de ácidos orgânicos, bacteriocinas, dióxido de carbono, peróxido de hidrogénio, diacetil e etanol.
Preparação caseira:
1 – Colocar os "grãos de Kefir" num recipiente, de preferência de vidro e de boca larga;
2 – Cubrir os grãos com leite (de vaca, de cabra ou de ovelha), deixando cerca de 1/4 do recipiente livre para os gases que se libertarão durante a fermentação;
3 – Coloque o recipiente num armário, tapado com um pano limpo e deixe repousar durante 24 a 48 horas, para que ocorra o processo de fermentação;
4 - Com um coador não metálico, coe a bebida entretanto fermentada para, por exemplo, frasquinhos de iogurte e coloque no frigorífico; a bebida fermentada dura 1 a 3 dias;
4 – Colocar novamente os "grãos de Kefir" no mesmo recipiente e acrescentar nova porção de leite; o procedimento repete-se todos os dias (ou a cada 48h, caso prefira um bebida mais ácida)
Benefícios para a saúde:
Popularmente são reconhecidos vários benefícios no consumo diário de kéfir. Cientificamente também se têm realizado diversos estudos para avaliar a veracidade desses benefícios. Ao longo desta semana iremos abordar alguns desses estudos que procuram esclarecer os benefícios associados ao consumo do Kefir:
Atividade antimicrobiana
Chifiriuc e os seus colaboradores observaram que todo o leite fermentado com grãos de kefir apresentava atividade antimicrobiana contra Bacillus subtilis, S. aureus, E. coli, E. faecalis e S. Enteritidis; os estudos indicam que a actividade antimicrobiana do kefir está associada à produção de ácidos orgânicos, bacteriocinas, dióxido de carbono, peróxido de hidrogénio, diacetil e etanol.
quinta-feira, 6 de novembro de 2014
quarta-feira, 15 de outubro de 2014
quarta-feira, 17 de setembro de 2014
Gastrite - abordagem nutricional
A gastrite corresponde um grupo de doenças na qual a inflamação do revestimento do estômago é o sinal comum. Esta inflamação é na maioria das vezes o resultado de uma infecção promovida por uma bactéria - o Helicobacter pylori (H. pylori), embora a lesão possa também surgir pelo uso regular de certos analgésicos ou pelo consumo excessivo de bebidas alcoólicas.
A gastrite pode ocorrer subitamente (gastrite aguda) ou pode surgir lentamente, ao longo do tempo (gastrite crónica). Em alguns casos, a gastrite pode evoluir para um estado de úlcera, aumentando o risco de desenvolvimento de cancro do estômago. Para a maioria das pessoas, no entanto, a gastrite melhora com o tratamento adequado.
Os sintomas
A gastrite nem sempre se manifesta através de sintomas e sinais. Contudo, podem surgir náuseas (enjoos) ou vómitos, uma sensação de enfartamento após uma refeição ou dor ou sensação de estômago a queimar. Há alimentos que aliviam estes sintomas e outras podem agravá-los. A tolerância aos alimentos pode variar de pessoa para pessoa.
O tratamento
O tratamento de gastrite depende da causa específica.
No caso da gastrite aguda, causada pelo consumo de bebidas alcoólicas ou pelo uso excessivo de anti-inflamatórios não-esteróides, ela pode ser aliviada pela interrupção do uso dessas substâncias.
A gastrite crónica causada por uma infecção de H. pylori tem vindo a ser tratada com antibióticos, embora comecem a surgir novas evidências científicas para outro tipo de abordagem complementar, uma vez que a presença da bactéria pode promover uma atrofia crónica da mucosa do estômago e mesmo depois da sua remoção, esta mucosa merece cuidados.
Será a evidência dessa abordagem alternativa que exploraremos aqui, baseada no controlo da inflamação através de diferentes alimentos/nutrientes.
Fitoquímicos e fitonutrientes
Curcumina
Este pigmento amarelo provém do açafrão da Índia - Curcuma Longa - e possui propriedades anti-inflamatórios fortes. Estudos evidenciam que a curcumina inibe o factor nuclear induzido pelo H. pylori e outras substâncias que causam inflamação. Além dessas acções anti-inflamatórias e anti-mutagénicas, a curcumina também mostrou efeitos anti-microbianos em ratinhos infectados com H. pylori, bem como acções de reparação da lesão gástrica induzida pelo H. pylori. Mais ainda, a curcumina inibiu a proliferação e invasão de células de cancro gástrico. No seu conjunto, os resultados destes estudos sugerem que a curcumina tem potencial como um composto antimicrobiano e um agente quimio-preventivo contra a infecção por H. pylori.
Rebentos de brócolos
Alho
Há evidências crescentes de que os ácidos gordos polinsaturados n-3 ácidos (PUFA) têm atividades de anti-inflamatórias, uma vez que podem ser convertidos em em mediadores bioactivos, as chamadas resolvinas. Os PUFA têm também a capacidade de causar a lise celular em bactérias como o H. pylori, o que leva à morte celular e libertação do seu conteúdo. As doses necessárias para estes efeitos serão de tratamento mas ainda não estão determinadas, pelo que o saudável consumo de alimentos ricos em PUFA não será suficiente para os resultados desejados.
Probióticos
Os probióticos são organismos vivos que, depois de ingeridos, afectam positivamente a saúde do seu consumidor. Estão já revistos os resultados de ensaios clínicos que combinam o uso de agentes para a erradicação de H. pylori de primeira linha e de probióticos adjuvantes. Uma das grandes vantagens bem documentados do recurso a combinações probióticas é a redução dos efeitos adversos induzidos por um tratamento de erradicação de H. pylori. Uma vez que a ingestão a longo prazo de produtos que contenham as estirpes probióticas podem ter um efeito favorável sobre a infecção por H. pylori em seres humanos, em particular reduzindo o risco de distúrbios associados com elevados graus de inflamação gástrica em desenvolvimento.
quarta-feira, 6 de agosto de 2014
Pedro Graça, por Miguel Esteves Cardoso
Surpresa, orgulho e admiração quando hoje, enquanto relaxo e navego pelo Facebook, deparo-me com um artigo de opinião de Miguel Esteves Cardoso sobre Pedro Graça! Inicialmente achei que o cansaço dos olhos e da mente não me estariam a fazer ler correctamente. Depois achei que o famoso escritor se referiria a um outro famoso, desta feita homónimo de um professor meu. Fui ler! Era mesmo ele - Pedro Graça - o Prof de Saúde Pública do 3º ano da licenciatura, que escolhi para orientador de estágio quando o término da graduação ocorria 5 anos depois das primeiras praxes. Fui recordar isto tudo e, em particular, o discurso já visionário do Prof.
Os anos passaram e a admiração manteve-se. Aproveito sempre a oportunidade para o ouvir em congressos e saio sempre surpreendida, com apresentações fora do comum. Recordo uma vez, em Aveiro, em que o discurso foi feito através de quadros abstractos. Só ele!
Mais recentemente tive o prazer de estar em reuniões na Ordem dos Nutricionistas, em que o Prof Pedro Graça falava, já na qualidade de director do PNPAS. Ouvi com deleite e pensei: este Prof é já um Sr, um grande Sr, um elevado SER, já está num nivel de ser Emílio Peres.
Ah e Miguel Esteves Cardoso menciona um livro, o qual já divulgamos aqui no blog e uma entrevista recente no Público.
Feliz por ter bons mestres inspiradores!
Os anos passaram e a admiração manteve-se. Aproveito sempre a oportunidade para o ouvir em congressos e saio sempre surpreendida, com apresentações fora do comum. Recordo uma vez, em Aveiro, em que o discurso foi feito através de quadros abstractos. Só ele!
Mais recentemente tive o prazer de estar em reuniões na Ordem dos Nutricionistas, em que o Prof Pedro Graça falava, já na qualidade de director do PNPAS. Ouvi com deleite e pensei: este Prof é já um Sr, um grande Sr, um elevado SER, já está num nivel de ser Emílio Peres.
Ah e Miguel Esteves Cardoso menciona um livro, o qual já divulgamos aqui no blog e uma entrevista recente no Público.
Feliz por ter bons mestres inspiradores!
quarta-feira, 30 de julho de 2014
Há queijos e misturas fundidas de queijos!
A alimentação para ser saudável não se resume à contagem das calorias.
Nem mesmo quando estamos num processo de diminuição/controlo de peso!
Quando consumimos um alimento na sua origem natural, como por exemplo, as frutas, os vegetais, o leite, as suas calorias derivam do somatório das calorias provenientes das proteínas, hidratos de carbono e lípidos desse mesmo alimento. Por outro lado, quando consumimos um alimento composto, isto é, feito a partir de vários alimentos, as suas calorias derivam do somatório das calorias provenientes das proteínas, hidratos de carbono e lípidos de todos os alimentos que o compõem. Ou seja, podemos ter dois alimentos diferentes com as mesmas calorias que têm origem em ingredientes diferentes. Apesar do valor calórico ser o mesmo, parecido ou até inferior, isso não significa que sejam ambos saudáveis, considerando a origem de cada ingrediente.
Tomemos como exemplo os queijos.
Dois queijos diferentes podem ter calorias diferentes e o que tem menos calorias não ser necessariamente mais saudável.
O queijo é o produto fresco ou curado, de consistência variável, obtido por coagulação e dessoramento do leite (...), e também da nata, do leiteilho, bem como da mistura de alguns ou todos estes produtos, incluindo o lactossoro, sem ou com a adição de outros géneros alimentícios. ( Portaria 73/90de 1 de fevereiro, Diário da República).
Ora, mas se estamos a falar de queijo fundido, a definição é outra e vem na mesma Portaria. O queijo fundido é o produto obtido da moenda ou mistura de um ou vários tipos de queijo, seguidas da fusão e emulsionamento, sob a acção de calor e aditivos emulsionantes, sem ou com a adição de outros géneros alimentícios.
Espreitemos então os dois exemplos!
O quejo mini babybel O queijo fundido Vaca que Ri
Que informação nutricional apresentam?
O quejo mini babybel
- Valor nutricional
- Por 100g
- Valor energético
- 1253 kJ/302kcal
- Lípidos
- 24g
- Hidratos de carbono
- inferior a 0,2g
- Proteína
- 21,5g
- Cálcio
- 670mg
O queijo fundido Vaca que Ri
- Valor nutricional
- Por 100g
- Valor energético
- 890 kJ/216 kcal
- Lípidos
- 17,5g
- Hidratos de carbono
- 5g
- Proteína
- 9,5g
- Cálcio
- 320mg
Por aqui observamos um queijo com mais calorias e outro com menos e estamos a comparar a mesma quantidade de cada um - 100 g. Sendo que são as proteínas, os hidratos de carbono e as gorduras que contribuem para estas calorias totais, verificamos que as calorias do mini babybel provêm dos lípidos e das proteínas. As calorias do Vaca que Ri provêm um pouco menos dos lípidos, algo mais dos hidratos de carbono e menos de metade das proteínas (em comparação com o mini babybel).
Como referi inicialmente, estas calorias que provêm das proteínas, dos hidratos de carbono e dos lípidos têm origem, por sua vez, nos ingredientes a partir dos quais estes alimentos compostos são elaborados. Interessa então conhecer esses ingredientes para "julgarmos" a "saúde" na origem destes 2 alimentos.
Então vejamos:
O quejo mini babybel Ingredientes: Leite, sal e fermento láctico.
O queijo fundido Vaca que Ri Ingredientes: Leite magro rehidratado, queijos, sais de fusão (polifosfatos, citratos, difosfatos e fosfatos de sódio), manteiga e sal.
Temos assim um produto alimentar definido como queijo e outro definido como queijo fundido. O primeiro feito a partir de uma mistura de ingredientes naturais e um processo químico natural, que resulta da sua mistura. O segundo elaborado a partir da fusão e emulsionamento de ingredientes naturais, com recurso ao calor e sob a acção de aditivos alimentares.
Como nutricionista sigo uma linha naturista nas minhas recomendações.
segunda-feira, 28 de julho de 2014
Manteiga x Margarina
Avanço desde já que a questão não é consensual entre nutricionistas!
Eu partilho da opinião hoje aqui exposta!
A Francine Lima é uma jornalista brasileira, que fez um mestrado na área da rotulagem alimentar e explica este assunto (e tantos outros) de forma muito correcta, muito divertida, muito simples e também muito bem fundamentada cientificamente! Do Campo à mesa é a sua página. Podem também subscrever o canal no youtube ou no FB. Garanto que vale a pena!
segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010
Calendários de Legumes e Frutas
segunda-feira, 9 de novembro de 2009
Quentes e boas!
Carlos do Carmo canta-nos, pela letra de Ary dos Santos, que quem compra um cartucho de castanhas assadas na brasa leva mais calor para casa! Calor, mas sujas, num acolhedor fim de tarde de Outono são sensações que este fruto amiláceo nos oferece.
A castanha foi, durante séculos, alimento de base das regiões transmontana e beirã de Portugal. Integrada nas mais variadas preparações gastronómicas (ao natural, cozidas ou assadas, a acompanhar legumes, carnes, em sopas ou purés, em bolos ou compotas), a castanha apresentou-se como um alimento versátil.
Nutricionalmente, a castanha-se distingue-se dos "frutos secos" pelo seu baixo teor em gordura (que lhe atribui um menor valor calórico, quando comparada com estes frutos) e elevado teor de hidratos de carbono (amido - principal constituinte). Além disso, a castanha apresenta um baixo teor proteico e uma interessante quantidade de vitamina C (semelhante à da laranja, por exemplo).
Fácil de conservar, em local fresco, arejado e sem humidade, a castanha pode durar bastantes dias. Encontram-se também disponíveis para venda castanhas secas, piladas ou congeladas, prontas para serem utilizadas o ano inteiro.
Bons Magustos!
A castanha foi, durante séculos, alimento de base das regiões transmontana e beirã de Portugal. Integrada nas mais variadas preparações gastronómicas (ao natural, cozidas ou assadas, a acompanhar legumes, carnes, em sopas ou purés, em bolos ou compotas), a castanha apresentou-se como um alimento versátil.
Nutricionalmente, a castanha-se distingue-se dos "frutos secos" pelo seu baixo teor em gordura (que lhe atribui um menor valor calórico, quando comparada com estes frutos) e elevado teor de hidratos de carbono (amido - principal constituinte). Além disso, a castanha apresenta um baixo teor proteico e uma interessante quantidade de vitamina C (semelhante à da laranja, por exemplo).
Fácil de conservar, em local fresco, arejado e sem humidade, a castanha pode durar bastantes dias. Encontram-se também disponíveis para venda castanhas secas, piladas ou congeladas, prontas para serem utilizadas o ano inteiro.
Bons Magustos!
segunda-feira, 10 de agosto de 2009
quarta-feira, 29 de julho de 2009
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