A berberina é uma substância naturalmente produzida por um grupo de plantas - as Berberis, comuns na América do Sul, África e na Ásia - que tem vindo a ser amplamente estudada no tratamento da chamada Esteatose Hepática Não Alcoólica - o fígado gordo.
Os resultados de diversos estudos têm demonstrado a eficácia da berberina na redução do colesterol total, do colesterol LDL em pessoas com Esteatose Hepática Não Alcoólica Em comparação com outras drogas, a berberina sozinha tem também contribuído para a diminuição do nível de triglecerídeos e da resistência à insulina, em pessoas com Esteatose Hepática Não Alcoólica.
No entanto, devido à limitação do número e da qualidade dos ensaios incluídos, são necessários mais estudos com alta qualidade para mais verificação da eficácia da berberina em pessoas com Esteatose Hepática Não Alcoólica.
Estamos atentos!
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quarta-feira, 6 de julho de 2016
segunda-feira, 24 de novembro de 2014
Kefir - do Cáucaso para o seu organismo #2
O Kefir ou quefir, que já foi aqui apresentado, é formado por uma mistura complexa de lactobacilos e leveduras, formando os "grãos de kefir", que fermentam o leite, dando origem a uma bebida ácida.
Benefícios para a saúde:
Popularmente são reconhecidos vários benefícios no consumo diário de kéfir. Também se têm realizado diversos estudos científicos para avaliar a veracidade desses benefícios e estamos aqui a apresentar alguns deles:
leite fermentado com os grãos de kefir (ainda não coado)
Popularmente são reconhecidos vários benefícios no consumo diário de kéfir. Também se têm realizado diversos estudos científicos para avaliar a veracidade desses benefícios e estamos aqui a apresentar alguns deles:
Actividade anti-inflamatória
Estudos experimentais demonstraram uma atividade anti-inflamatória e curativa de feridas, em ratinhos tratados com gel de kefir durante 7 dias.
Acção no tubo digestivo
Marquina e os seus colaboradores verificaram que o consumo de kefir aumenta significativamente as contagens de bactérias ácido lácticas na mucosa intestinal e reduz as populações de enterobactérias e de clostrídios. Além disso, o consumo de kefir tem-se demonstrado eficaz em tratamentos pós-operatórios e em pacientes com distúrbios gastrointestinais . Na Rússia, o kefir tem sido usado no tratamento de úlceras do estômago e duodeno de pacientes humanos.
Estímulo do sistema imunitário
A formação de péptidos bioactivos durante os processos de fermentação ou digestão do kefir mostrou a capacidade de estimular o sistema imune em modelos animais . Thoreux e Schmucker (2001), após a alimentação ratinhos com kefir, observaram um aumento na resposta imune da mucosa específico (IgA) contra a toxina da cólera. Recentemente, um estudo in vitro, demonstrou a capacidade imunomoduladora a partir de grãos de kefir, sugerindo a sua influência sobre a secreção das citoquinas pró-inflamatórias de IL-6 e TNF-α por TLR-2.
quarta-feira, 12 de novembro de 2014
Kefir - do Cáucaso para o seu organismo #1
O Kefir ou quefir, originário do Cáucaso, é formado por uma mistura complexa de lactobacilos e leveduras, organizados nos "grãos de kefir", que fermentam diversos substratos – sendo o leite (caprino ou bovino), historicamente, o mais comum deles. A palavra kefir deriva da palavra turca keyif, que significa “sentir-se bem” após ingestão.
O Kefir tem sido, durante séculos, uma bebida artesanal, feita em casa a partir dos grãos que vão sendo partilhados entre várias pessoas.
Preparação caseira:
1 – Colocar os "grãos de Kefir" num recipiente, de preferência de vidro e de boca larga;
2 – Cubrir os grãos com leite (de vaca, de cabra ou de ovelha), deixando cerca de 1/4 do recipiente livre para os gases que se libertarão durante a fermentação;
3 – Coloque o recipiente num armário, tapado com um pano limpo e deixe repousar durante 24 a 48 horas, para que ocorra o processo de fermentação;
4 - Com um coador não metálico, coe a bebida entretanto fermentada para, por exemplo, frasquinhos de iogurte e coloque no frigorífico; a bebida fermentada dura 1 a 3 dias;
4 – Colocar novamente os "grãos de Kefir" no mesmo recipiente e acrescentar nova porção de leite; o procedimento repete-se todos os dias (ou a cada 48h, caso prefira um bebida mais ácida)
Recentemente, a bebida fermentada também já é comercializada em vários estabelecimentos de venda alimentar.
Benefícios para a saúde:
Popularmente são reconhecidos vários benefícios no consumo diário de kéfir. Cientificamente também se têm realizado diversos estudos para avaliar a veracidade desses benefícios. Ao longo desta semana iremos abordar alguns desses estudos que procuram esclarecer os benefícios associados ao consumo do Kefir:
Chifiriuc e os seus colaboradores observaram que todo o leite fermentado com grãos de kefir apresentava atividade antimicrobiana contra Bacillus subtilis, S. aureus, E. coli, E. faecalis e S. Enteritidis; os estudos indicam que a actividade antimicrobiana do kefir está associada à produção de ácidos orgânicos, bacteriocinas, dióxido de carbono, peróxido de hidrogénio, diacetil e etanol.
Preparação caseira:
1 – Colocar os "grãos de Kefir" num recipiente, de preferência de vidro e de boca larga;
2 – Cubrir os grãos com leite (de vaca, de cabra ou de ovelha), deixando cerca de 1/4 do recipiente livre para os gases que se libertarão durante a fermentação;
3 – Coloque o recipiente num armário, tapado com um pano limpo e deixe repousar durante 24 a 48 horas, para que ocorra o processo de fermentação;
4 - Com um coador não metálico, coe a bebida entretanto fermentada para, por exemplo, frasquinhos de iogurte e coloque no frigorífico; a bebida fermentada dura 1 a 3 dias;
4 – Colocar novamente os "grãos de Kefir" no mesmo recipiente e acrescentar nova porção de leite; o procedimento repete-se todos os dias (ou a cada 48h, caso prefira um bebida mais ácida)
Benefícios para a saúde:
Popularmente são reconhecidos vários benefícios no consumo diário de kéfir. Cientificamente também se têm realizado diversos estudos para avaliar a veracidade desses benefícios. Ao longo desta semana iremos abordar alguns desses estudos que procuram esclarecer os benefícios associados ao consumo do Kefir:
Atividade antimicrobiana
Chifiriuc e os seus colaboradores observaram que todo o leite fermentado com grãos de kefir apresentava atividade antimicrobiana contra Bacillus subtilis, S. aureus, E. coli, E. faecalis e S. Enteritidis; os estudos indicam que a actividade antimicrobiana do kefir está associada à produção de ácidos orgânicos, bacteriocinas, dióxido de carbono, peróxido de hidrogénio, diacetil e etanol.
quarta-feira, 17 de setembro de 2014
Gastrite - abordagem nutricional
A gastrite corresponde um grupo de doenças na qual a inflamação do revestimento do estômago é o sinal comum. Esta inflamação é na maioria das vezes o resultado de uma infecção promovida por uma bactéria - o Helicobacter pylori (H. pylori), embora a lesão possa também surgir pelo uso regular de certos analgésicos ou pelo consumo excessivo de bebidas alcoólicas.
A gastrite pode ocorrer subitamente (gastrite aguda) ou pode surgir lentamente, ao longo do tempo (gastrite crónica). Em alguns casos, a gastrite pode evoluir para um estado de úlcera, aumentando o risco de desenvolvimento de cancro do estômago. Para a maioria das pessoas, no entanto, a gastrite melhora com o tratamento adequado.
Os sintomas
A gastrite nem sempre se manifesta através de sintomas e sinais. Contudo, podem surgir náuseas (enjoos) ou vómitos, uma sensação de enfartamento após uma refeição ou dor ou sensação de estômago a queimar. Há alimentos que aliviam estes sintomas e outras podem agravá-los. A tolerância aos alimentos pode variar de pessoa para pessoa.
O tratamento
O tratamento de gastrite depende da causa específica.
No caso da gastrite aguda, causada pelo consumo de bebidas alcoólicas ou pelo uso excessivo de anti-inflamatórios não-esteróides, ela pode ser aliviada pela interrupção do uso dessas substâncias.
A gastrite crónica causada por uma infecção de H. pylori tem vindo a ser tratada com antibióticos, embora comecem a surgir novas evidências científicas para outro tipo de abordagem complementar, uma vez que a presença da bactéria pode promover uma atrofia crónica da mucosa do estômago e mesmo depois da sua remoção, esta mucosa merece cuidados.
Será a evidência dessa abordagem alternativa que exploraremos aqui, baseada no controlo da inflamação através de diferentes alimentos/nutrientes.
Fitoquímicos e fitonutrientes
Curcumina
Este pigmento amarelo provém do açafrão da Índia - Curcuma Longa - e possui propriedades anti-inflamatórios fortes. Estudos evidenciam que a curcumina inibe o factor nuclear induzido pelo H. pylori e outras substâncias que causam inflamação. Além dessas acções anti-inflamatórias e anti-mutagénicas, a curcumina também mostrou efeitos anti-microbianos em ratinhos infectados com H. pylori, bem como acções de reparação da lesão gástrica induzida pelo H. pylori. Mais ainda, a curcumina inibiu a proliferação e invasão de células de cancro gástrico. No seu conjunto, os resultados destes estudos sugerem que a curcumina tem potencial como um composto antimicrobiano e um agente quimio-preventivo contra a infecção por H. pylori.
Rebentos de brócolos
Alho
Há evidências crescentes de que os ácidos gordos polinsaturados n-3 ácidos (PUFA) têm atividades de anti-inflamatórias, uma vez que podem ser convertidos em em mediadores bioactivos, as chamadas resolvinas. Os PUFA têm também a capacidade de causar a lise celular em bactérias como o H. pylori, o que leva à morte celular e libertação do seu conteúdo. As doses necessárias para estes efeitos serão de tratamento mas ainda não estão determinadas, pelo que o saudável consumo de alimentos ricos em PUFA não será suficiente para os resultados desejados.
Probióticos
Os probióticos são organismos vivos que, depois de ingeridos, afectam positivamente a saúde do seu consumidor. Estão já revistos os resultados de ensaios clínicos que combinam o uso de agentes para a erradicação de H. pylori de primeira linha e de probióticos adjuvantes. Uma das grandes vantagens bem documentados do recurso a combinações probióticas é a redução dos efeitos adversos induzidos por um tratamento de erradicação de H. pylori. Uma vez que a ingestão a longo prazo de produtos que contenham as estirpes probióticas podem ter um efeito favorável sobre a infecção por H. pylori em seres humanos, em particular reduzindo o risco de distúrbios associados com elevados graus de inflamação gástrica em desenvolvimento.
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