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sexta-feira, 7 de abril de 2017

7 de abril, dia mundial da saúde: o papel da alimentação na saúde mental das pessoas

Hoje, dia 7 de abril celebra-se o Dia Mundial da Saúde. Este ano, a Organização Mundial da Saúde elegeu como tema a Depressão. Pode consultar mais em Depressão: Vamos falar!” 
As perturbações do foro depressivo afetam mais de 300 milhões de pessoas em todo o mundo. Em Portugal, estas doenças representam a terceira principal causa de incapacidade, afetando cerca de 16,7% da população, principalmente mulheres.
Recentemente, a alimentação tem sido estudada como forma de prevenir e minimizar os danos causados pelas perturbações de foro depressivo. O projeto MooDFOOD, financiado pela Comissão Europeia, está a decorrer em 8 países europeus com mais de 1000 indivíduos, pretende avaliar, ao longo de 5 anos, os efeitos da alimentação, nomeadamente do Padrão Alimentar Mediterrânico, dos estilos de vida e da obesidade no desenvolvimento de depressão.
Mais uma vez, as frutas, os hortícolas, os cereais naturais, as carnes brancas, o peixe e laticínios com baixo teor de gordura, têm-se revelado eficazes no bem estar das pessoas. A “Dieta Mediterrânica” uma vez mais a promover saúde!

sexta-feira, 17 de março de 2017

Como comem os portugueses

Ontem foi um dia histórico para as Ciências da Nutrição em Portugal. Quase 40 anos depois do último Inquérito Alimentar Português, existem agora novos e mais precisos resultados. Não são muito animadores, mas abrem um vasto leque à melhor e mais efetiva intervenção.
Vejamos um pequeno resumo:

Tendo como referência a Roda dos Alimentos, os portugueses:

- consomem um pouco mais laticínios do que o máximo recomendado, sendo o leite consumido por crianças e adolescentes o principal contribuinte para este fator;

- consomem 3 vezes mais do que o máximo recomendado de carne, pescado e ovos, sendo as carnes vermelhas consumidas por adolescentes e adultos o principal contribuinte para este fator;

-  consomem muito menos leguminosas do que o máximo recomendado, sendo os adultos o grupo populacional que mais consome leguminosas, mas não passa dos mínimos recomendados;

- consomem quase metade dos cereais e tubérculos em relação ao máximo recomendado, sendo o lo maior contributo vindo das massas, arroz e batata;

-  consomem menos de metade dos hortícolas em relação ao máximo recomendado, sendo nas crianças e adolescentes onde mais se verifica esta prática;

-  consomem menos fruta do que o mínimo recomendado (em média 2 peças de fruta/dia, quando o mínimo são 3 peças de fruta/dia);

- consomem gorduras de acordo com as recomendações.

Mais informações aqui

sexta-feira, 10 de março de 2017

Os japoneses têm um segredo de longevidade!

E nós podemos seguir-lhes os passos!

Fato comprovado:

O Japão é o país com maior prevalência de pessoas que vivem BEM para além dos 100 anos!

Diferentes estudos apontam os hábitos alimentares da população japonesa na origem da saúde e bem estar da população, bem como  a atividade física ligeira e diária.

Eis o Guia Alimentar do Japão:


Curioso, quando comparado com a Roda dos Alimentos Mediterrânica:


Verificamos que por cá recomendamos:

- até quatro porções mais de cereais e equivalentes;
- menos uma porção de vegetais;
- menos meia porção de carne e equivalentes;
- mais três porções de fruta;
- a mesma porção de lacticínios!!!
- mencionamos a gordura de boa qualidade

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2017

Os nutricionistas também comem doces?

Pergunta o menino de 10 anos, em plena sessão de educação alimentar na sua sala de aula.

- Sim, responde esta nutricionista!
Os nutricionistas, tal como as restantes pessoas, também gostam de doces. Uns mais, outros menos. Uns até gostam mais de salgados ou de alimentos ricos em gordura.
Esta nutricionista, em particular, gosta de bolachas, de chocolates, de bolos caseiros, mas também gosta de pasteis de nata. Adora gelados e pipocas!


Como é, então, que esta nutricionista se organiza para comer estes doces alimentos que tanto gosta, mantendo um peso saudável e mantendo a saúde em geral, sem açucares e colesterois elevados no sangue?!

As bolachas
Não compra. Come quando almoça em casa da mãe, o que acontece cerca de 2 vezes no mês, neste momento. Uma vez fez bolachas em casa. Ficaram boas e são uma boa opção!

Os chocolates
Só compra do negro (70% de cacau ou superior) e come um quadradinho 3 a 4 x/semana.

Bolos caseiros
Come sempre uma fatia quando vê um, o que acontece cerca de uma vez por semana. Raramente os faz. Come sempre em casa de alguém.
Às vezes, em aniversários, come um bolo não caseiro. Arrepende-se sempre por não sentir prazer com este tipo de bolos.

Pastéis de nata
Come raramente, tão raramente que chega a ser menos de uma vez por mês. Gosta, mas não os vê e não lhes sente a falta!

Gelados
Come, especialmente no verão. Opta pelos de bolinha, escolhe a sua preferida e em copo. Nas férias, troca o lanche da tarde por um corneto de chocolate, especialmente se estiver na praia.

Pipocas
Gosta muito, mas já nem se lembra a última vez que as comeu. Até tem uma máquina para as fazer em casa, mas nunca a usou. Não lhes sente a falta.

É caso para pensar como se consola esta nutricionista!

 



Tem prazer, muito prazer com outros alimentos. Particularmente quando lhe apetece um doce em dia não festivo escolhe: banana, figos secos ou amêndoas. Os seus flocos de aveia matinais servem-lhe como um doce e come-os diariamente!

terça-feira, 7 de fevereiro de 2017

Roda dos Alimentos Interativa

A brincar também se aprende!
Divirta-se a descobrir ideias práticas de uma Alimentação Mediterrânica, um dos padrões alimentares reconhecidos mundialmente como sendo dos mais saudáveis!

quarta-feira, 16 de novembro de 2016

Receitas saudáveis

A criatividade associada à prática de uma Alimentação Saudável é uma ferramenta que potencia a variedade na forma de comer, bem como a descoberta de novos paladares que promovam a satisfação.
Nas consultas de nutrição, no processo de mudança das escolhas alimentares, é comum as pessoas questionarem sobre como cozinhar os alimentos. É nesse sentido que deixo aqui dois links inspiradores com receitas saudáveis:


domingo, 16 de outubro de 2016

Dia Mundial da Alimentação_16 de Outubro 2016

O Dia Mundial da Alimentação foi proclamado em 1979 pela FAO (Food and Agriculture Organization), com o objectivo de aumentar a atenção das pessoas para os problemas de distribuição de alimentos no mundo e reforçar a solidariedade e a luta contra a fome, a malnutrição e a pobreza. Cada ano a FAO lança um tema especial para ser abordado neste dia. 

terça-feira, 11 de outubro de 2016

Dia Mundial da Obesidade_11 de Outubro

Celebra-se hoje o Dia Mundial da Obesidade, com especial foco no combate à obesidade infanto-juvenil, cuja prevalência tem subido na generalidade dos países (ditos) desenvolvidos.
A aplicação de medidas de ação cabe a cada um de nós.

O que faço hoje no combate à Obesidade:

- consultas individuais de nutrição;
- reunião com equipa multidisciplinar de âmbito clínico (eu, médicos e enfermeiros), com vista à aplicação de atividades promotoras de alimentação saudável;
- reunião com equipa multidisciplinar de âmbito escolar (eu, enfermeiros e professores), com com vista à aplicação de atividades promotoras de alimentação saudável;
- dois relatórios de atividades realizadas no ano letivo anterior.

terça-feira, 27 de setembro de 2016

“Coma melhor, poupe mais”

2ª EDIÇÃO CURSO ONLINE GRATUITO

Depois do enorme sucesso da 1ª edição (mais de 4000 inscritos) e a pedido de muitos interessados está aberta uma segunda edição do curso “Coma melhor, poupe mais”. A partir de 16 de Outubro (Dia Mundial da Alimentação) e agora com mais informação sobre a nova Roda da Alimentação Mediterrânica.

sexta-feira, 23 de setembro de 2016

"Por instinto da força da motivação..."

"Por instinto da força da motivação é que mesmo quando tenho mais comida no prato, como apenas as quantidades que sinto serem adequadas ao meu corpo!"

A frase é da I., utente que veio hoje à sua segunda Consulta de Nutrição. No espaço de um mês diminuiu 2 kg. Atrevo-me a dizer "por instinto da força da motivação" é que este resultado surgiu. Esta diminuição de peso resultou da eliminação (quase) total dos açúcares que adicionava às bebidas quentes que consome, bem como da aprendizagem que está a fazer na gestão das quantidades de alimentos a consumir a cada refeição.

A motivação, a força da própria vontade é um ingrediente essencial na escolha da mudança alimentar. Atingir o nível instintivo desta força motriz é o culminar de uma aprendizagem que se deseja que flua em "piloto automático".

Parabéns I.

sexta-feira, 8 de julho de 2016

1ª Caminhada EME "Desperta com SAÚDE"


Sozinho/a ou preferencialmente acompanhado/a, em grupo ou em família!
Faça uma manhã diferente no domingo de 17 de Julho, entre as 10h e 12h, com um treino orientado pelos Personal Trainers da EME.
A participação é gratuita e para toda a população em geral (todos os utentes da EME e amigos /família, em conjunto com alguns profissionais da equipa clínica que certamente se juntarão ao evento).
Aconselhamos o uso de calçado adequado e leve, protetor solar, óculos de sol e chapéu.
Local de PartidaClínica EME (Rua Arquiteto Marques da Silva, n. 285, 4150-484 Porto )
Hora de encontro : 10h na ClÍNICA EME
Inicio da Caminhada :10h
Programa: Seguimos em grupo da Clínica EME até ao Pavilhão Rosa Mota, onde os nossos profissionais de Exercício Físico (PTs) organizarão mais um conjunto de exercícios
DuraçãoAprox 1h30m / Distância : 2.2 Km
Organização:
Equipa de Personal Trainers da Clínica EME SAÚDE.

quinta-feira, 30 de junho de 2016

Comer com atenção_Somos a favor!

Comer com atenção, também dito "mindfull eating", como que à boleia da modernidade de um estrangeirismo, refere-se ao conceito de fazer refeições de forma consciente.
A atenção envolve estar totalmente presente de momento a momento, com plena consciência da própria condição de estado físico e emocional, bem como estar atento ao que nos rodeia. Esta capacidade de atenção consciente tem sido cada vez mais incorporada no tratamento de doenças crónicas e tem apresentado resultados promissores, em particular na  gestão de depressão, stress, função física, qualidade de vida e dor crónica. Estudo recentes têm avaliado a aplicação deste conceito à prática alimentar, que envolve a consciência sem julgamento de sinais internos e externos que influenciam o desejo de comer, a escolha dos alimentos, a quantidade de consumo, bem como a forma como a comida é consumida. Estas estratégias têm sido usadas em abordagens terapêuticas da obesidade e de doenças do comportamento alimentar.

Eu sou a favor! Promovo esta prática enquanto nutricionista!

Fonte: An Expanded Model for Mindful Eating for Health Promotion and Sustainability: Issues and Challenges for Dietetics Practice, 2016 pela AND

sexta-feira, 3 de junho de 2016

CURSO ONLINE GRATUITO

“COMA MELHOR, POUPE MAIS”

A Universidade do Porto, em parceria com a Direção-Geral da Saúde  e a unidade de Tecnologias Educativas da UPdigital, desenvolveu o curso online “COMA MELHOR, POUPE MAIS”, dirigido à população em geral. Utiliza uma linguagem muito simples e acessível, é gratuito e tem a duração de 4 semanas. Conta entre outros convidados com a colaboração do prestigiado Chef. Hernâni Ermida e pode ser acompanhado em qualquer parte do país ou em qualquer outro local deste que tenha acesso à internet.


sexta-feira, 6 de maio de 2016

Sardinhas assadas! Com batata cozida, com broa ou com ambas?!_ A consulta de D. M

A D. M apresentou-se para a consulta de nutrição à hora marcada. Depois de almoço não será a melhor hora para pesarmos, mas é a hora possível e tendo havido compromisso com as metas alimentares os resultados aparecerão.
Logo nas formalidades iniciais a D. M diz sentir-se bem. Informa que teve de adiar a consulta, anteriormente prevista para abril, por coincidir com a cirurgia às cataratas. Correu bem. Está bem dos olhos e a cirurgia e o tempo de recuperação não alteraram as rotinas alimentares.
Começamos então a falar de alimentação. Refere a D. M que tem sentido fome, mais fome. Questiono que tipo de fome me fala, em que momentos do dia a sente e onde a sente fisicamente. Abraça o próprio estômago e diz-me que não precisa de olhar o relógio e já sabe que é hora de lanchar. Serão umas 16h, 16h15 e sabe que é hora de lanchar. Almoça na companhia do jornal da tarde, às 13h, e às 16h15 sente necessidade de comer. Dou os parabéns à D. M! Descobriu a fome fisiológica. Explico que está a consumir na refeição anterior, o almoço, a quantidade de alimentos adequada e que lhe dá sinal de uma nova necessidade de comer na hora certa. E nem precisa de olhar para o relógio.
Percorremos o restante do dia alimentar e verificamos que o mesmo acontece entre o lanche e o jantar e entre o jantar e a ceia. A ceia! O copo de leite que lhe sugeri na consulta anterior não lhe é suficiente. Ainda necessita do pedaço de pão para não sentir fome de madrugada e acordar com necessidade de mordiscar uma bolacha. Nos seus 71 anos a D. M é uma senhora aberta a novidades e atrevo-me a sugerir uns flocos de aveia em substituição do tal pedaço de pão. Mostro-lhe imagens dos flocos, indico como os pode cozinhar e adicionar ao leite. Procuro satisfazê-la com menor quantidade do que o pão que escolhe. Vai experimentar.
Quando vamos à balança verificamos que afinal o peso não desceu desde a última consulta. Mantém os 94 kg, que continuam a representar uma grande conquista para quem já atingiu 120 kg. Ainda assim, na parceria deste momento de consulta questionamos-nos ambas da manutenção de peso, agora que a D. M encontrou a perceção da fome fisiológica e está a respeitar as necessidades naturais do seu organismo. A D. M encontra logo a resposta: está e não está a respeitar a fome fisiológica e as quantidades correctas de alimentos. É que as duas francesinhas no período de um mês não correspondem às quantidades de alimento que o organismo necessite num almoço. E, se calhar, ao sábado, as pataniscas de bacalhau com arroz de feijão vermelho também são acima das necessidades. E a broa?! A broa sabe tão bem com as sardinhas assadas que vai fazer amanhã! Explicamos então à D. M como consumir qualquer um destes alimentos na dose certa. A dose que lhe permite ter necessidade de lanchar, mesmo ao sábado quando troca a companhia do jornal da tarde pela companhia da sobrinha e do seu marido. Aproveitamos então o prato previsto para o almoço de amanhã para ensaiar as quantidades a consumir. A sopa está sempre presente antes das sardinhas propriamente ditas. A D. M prefere as sardinhas médias. São as mais gostosas, refere. E a sua experiência na banca de peixe do mercado não me permitem acrescentar quaisquer comentários. Ouço e aprendo também.Combinamos então um almoço com três sardinhas, quatro no máximo. Gosta de as comer com brócolos cozidos e nessa escolha estamos em acordo imediato. E prefere a batata ou a broa?! A D. M diz-me que talvez a batata, mas também gosta muito da broa e que deve ser difícil não comer um bocadinho, estando ela exposta na mesa. Combinamos então as quantidades só de batata para acompanhar as sardinhas e os brócolos: Ensaiamos também as quantidades de broa, para o caso de preferir apenas a broa como acompanhamento. E exploramos também como comer ambas, fazendo com que a junção de broa e batata não presente um dobro, mas sim a quantidade recomendada. A D. M vai experimentar. E vai mesmo, já que é uma senhora em compromisso com o seu bem estar. E já sabe, se chegar à hora marcada no relógio para lanchar e não sentir a tal fome natural, espera um pouco mais, se continuar sem sentir e não tiver, tão pouco vontade de lanchar, então da próxima há que aferir quantidades porque ainda estariam acima daquilo o que o corpo precisa.

segunda-feira, 28 de março de 2016

Gestão Pessoal de Peso SEM DIETA

A possibilidade de não “estar de dieta” ou “a seguir um plano alimentar” que controle tudo o que se come pode parecer impeditivo de se atingir o peso desejado, estranho ou até assustador. Na verdade, a lógica das dietas acarreta em si, de forma sublime, a privação do consumo de alimentos desejados e todos sabemos que “o fruto proibido é o mais apetecido”. A privação, por outro lado, anda de mãos dadas com o exagero e a culpa associada a pensamentos de fracasso.
foto extraída da net

É importantíssimo saber fazer escolhas saudáveis na alimentação. É fundamental optar por alimentos e ingredientes de qualidade. É recompensador investir um tempo na cozinha para preparar uma refeição nutritiva e saborosa, só porque merece. Mas, acima de tudo, é vital fazer isso por uma escolha própria, para cuidar de si. Sendo assim, aumentar os conhecimentos em alimentação saudável, aprender a distinguir entre vontade de comer e fome são formas de aumentar a liberdade alimentar e promover naturalmente escolhas que se ajustem às necessidades do corpo e promovam a gestão pessoal de peso.

domingo, 11 de outubro de 2015

Dia Mundial da Obesidade

Comemora-se hoje o Dia Mundial da Obesidade.



Em Portugal, os números atuais mostram que a obesidade é um sério problema de saúde pública. De acordo com o mais recente relatório do Childhood Obesity Surveillance Initiative (COSI), cerca de um terço das crianças portuguesas em idade escolar apresentam excesso de peso, das quais aproximadamente 14% são obesas.
São necessárias estratégias que visem combater e prevenir este problema e, neste contexto, não temos dúvidas que a promoção da alimentação saudável é determinante.
Todos os dias assumo a minha missão neste contexto!

segunda-feira, 5 de outubro de 2015

Semana Mundial do Aleitamento Materno

As comemorações nacionais da Semana Mundial do Aleitamento Materno realizam-se entre 5 e 11 de outubro de 2015.



“Breastfeeding and Work: Let’s make it work” foi o tema escolhido para a Semana Mundial do Aleitamento Materno no ano de 2015 pela World Alliance for Breastfeeding Action , entidade responsável pela criação desta efeméride.

Com esta comemoração pretende-se sensibilizar para a importância de se criar oportunidades para que seja possível às mulheres que trabalhem amamentar, apoiando o Aleitamento Materno no local de trabalho.

A Associação Portuguesa dos Nutricionistas desenvolveu um conjunto de materiais para a comemoração desta semana, promovendo e divulgando o aleitamento materno no local de trabalho (por exemplo: centros de saúde, hospitais, IPSS, unidades de restauração coletiva):




segunda-feira, 13 de julho de 2015

História da Alimentação Vegetariana - Direção Geral da Saúde

No passado dia 9 de julho, a Direção Geral da Saúde, no âmbito do Programa Nacional de Alimentação Saudável,  lançou um documento único até então e desde já muito apreciado - as Linhas Orientadoras para uma Alimentação Vegetariana Saudável.
Como prometido aqui no blog, irei apresentar um resumo de alguns dos seus componentes, com vista a uma simplificação da sua linguagem, ao destaque de pontos mais importantes e à tradução prática destas recomendações.

Resumo da história da Alimentação Vegetariana

A alimentação vegetariana é conhecida desde os tempos da Grécia Clássica. A opção por este modo de comer tem sido determinado por motivos religiosos, por questões de saúde e por questões filosóficas, em particular sobre a relação dos seres humanos com os outros animais.
Um dos mais famosos precursores da alimentação vegetariana na Europa foi Pitágoras de Samos, que no século VI a.C., fundou uma comunidade de matemáticos místicos que, dizia-se, “observavam a proibição de comer animais pois consideravam-nos como tendo o direito de viver em comum com a humanidade”. Outros pensadores da Grécia clássica como Plutarco escreveram sobre o consumo de carne ou a sua abstinência. No caso de Plutarco,  no seu texto De esu carnium (Sobre o consumo de carne), verifica-se uma apologia da alimentação vegetariana, assente no reconhecimento de que os animais possuem inteligência e imaginação. O interesse na proibição proposta por Pitágoras foi renovado posteriormente por filósofos neoplatonistas pagãos que buscavam a purificação da alma, ideal que persistiu pelo menos até início do século XIX. Uma explicação do vegetarianismo pitagórico e das crenças de alguns pensadores gregos da antiguidade clássica era o facto de acreditarem na transmigração das almas ou metempsicose das almas. Durante a Idade Média e início do período moderno ser “vegetariano” era sinónimo de ter a crença pagã na migração das almas, considerada uma heresia. Esta situação, a par da escassez e necessidade de carne ao longo deste período, fez com que os seus seguidores praticamente desaparecessem.
A redescoberta dos autores gregos clássicos durante o Renascimento e principalmente a partir do século XVI, renova o interesse na noção de que os animais eram sensíveis à dor e, portanto, eram merecedores de consideração moral. Diversos pensadores como o Veneziano Luigi,  Erasmo ou Thomas More escreveram sobre o bem-estar dos animais, recusando o consumo de carne ou denunciando as práticas de maus tratos a animais. Mas é no século XVII que se sedimentam os movimentos a favor de uma alimentação vegetariana, tendo por base aspetos religiosos, filosóficos e morais contra o sofrimento dos animais. No século. XIX, com o advento do movimento romântico e perspectiva humanista associada, o poeta Shelley, que adere ao vegetarianismo em 1812, acrescenta uma dimensão política à causa do vegetarianismo, apontando o uso ineficiente dos recursos e a produção e distribuição desigual de carne como uma razão para a escassez de alimentos entre os mais necessitados na sociedade. O ano de 1809 marca o início de um movimento, dentro de uma ramificação da igreja Inglesa, em direção ao vegetarianismo como uma expressão da fé cristã. A Igreja Bíblia Cristã é fundada em Salford em 1809 e o reverendo William Cowherd identifica diversas referências bíblicas contra o consumo de carne. Em 1850, parte deste movimento cria a Sociedade Vegetariana Norte-americana. Os movimentos cristãos mais radicais dão um grande ímpeto ao movimento vegetariano neste período, tanto em Inglaterra como nos Estados Unidos da América. Entre eles, a Igreja Adventista do Sétimo Dia. Um dos seus membros mais famosos é John Harvey Kellogg, pregador e inventor dos populares cereais de pequeno-almoço e de todo um modo de comer e viver sem carne.
Em Portugal e no início do século XX, registou-se, na cidade do Porto, um primeiro movimento a favor da alimentação vegetariana, liderado por Ângelo Jorge. Nesta altura, é fundada a Sociedade Vegetariana de Portugal, que entre outras atividades se dedicaria à propaganda do naturista e à divulgação do vegetarismo, da educação física, da higiene e cura naturais. Nestes primórdios do movimento vegetariano em Portugal, um dos seus principais impulsionadores defende a alimentação frugívora, considerando “que se os homens voltarem a ser frugívoros a questão social será resolvida”; e em “Irmânia”, a utopia inventada pelo autor, ele tenta provar o seu ponto de vista, colocando em confronto os males da civilização moderna, carnívora por excelência, com a beleza, o pacifismo, a sageza e a vida fácil dos frugívoros.
No século XX e progressivamente, para além das questões morais e religiosas, o consumo de uma alimentação vegetariana passa a estar associado, cada vez mais, a um discurso de proteção ambiental e da biodiversidade, do bem-estar dos animais e fundamentalmente pelas questões de saúde associadas ao consumo de produtos de origem vegetal, que abordaremos em maior detalhe.

sexta-feira, 10 de julho de 2015

Padrão Alimentar Vegetariano - Direcção Geral da Saúde

A Direção-Geral da Saúde lançou ontem um manual dedicado à alimentação vegetariana, com esclarecimentos de um estilo alimentar cada vez mais procurado e que em Portugal já terá cerca de 30 mil seguidores.

Encontram o documento aqui.

Comprometo-me a apresentar aqui no blog alguns resumos, traduzidos numa linguagem prática e acessivel.